Diocese do Funchal - Ano Pastoral 2020 / 2021 - "A Eucaristia constrói-nos no caminho da Fé: Cristo Salva-te. Maria pôs-se a caminho ..."

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

MISSA DO PARTO
Segunda-feira, 17 de Dezembro
Professar e celebrar a Fé em Igreja

Palavra de Deus

1ª Leit: Gn 49, 2.8-10 - "O ceptro não há-de fugir a Judá".

Sal: 71(72) - Nos dias do Senhor nascerá a justiça e a paz para sempre.”

Evan: Mt 1, 1-17 - "Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David".




Meditando a Palavra

Mas que nomes tão complicados e confusos são estes? Tão difíceis de pronunciar. Mas estes conjuntos de nomes são muito importantes para entender que Cristo nasce num povo, numa história, num contexto. Estas listas estão compostas por santos e por pecadores, por homens e por mulheres, por conhecidos e por desconhecidos, por judeus e por estrangeiros. Desta sequência nasce Jesus. Quer dizer que Ele não vem só para os santos mas também para os pecadores; não só para o povo eleito mas para toda a humanidade. Ele vem inserir-se nesta história de luta e de drama e torná-la história de salvação. Faz-se carne, habita no meio de nós, para nós dar a vida divina, a sua vida.

Uma leitura pastoral:

A fé da Igreja precede, gera, apoia e nutre a nossa fé. Da leitura do Evangelho de hoje sobressai a ideia de que a fé nunca pode ser apenas a minha fé. Certamente a fé é um ato da vontade  livre do homem ao dom de Deus que se revela; que se comunica; que se diz, mas a fé nunca pode ter apenas um caráter meramente pessoal e individual. A minha fé é suportada e animada pela fé dos meus irmãos, em soma, pela fé da Igreja. Percebe-se muito bem que cada um de nós não cria algo de novo mas insere-se numa história, na história do Povo de Deus que guarda o depósito da fé e o transmite fielmente de geração em geração.

Eu creio e este meu crer não é o resultado de uma minha reflexão solitária, nem o produto de um meu pensamento, mas é fruto de uma relação, de um diálogo, no qual há um ouvir, um receber e um responder; é o comunicar com Jesus que me faz sair do meu «eu» fechado em mim mesmo, para me abrir ao amor de Deus Pai. Não posso construir a minha fé pessoal num diálogo privado com Jesus, porque a fé é-me doada por Deus através duma comunidade crente que é a Igreja e, desta maneira, insere-me na multidão dos crentes, numa comunhão que não é só sociológica, mas radicada no amor eterno de Deus, que em Si mesmo é comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é Amor trinitário. A nossa fé só é deveras pessoal, se for também comunitária: só pode ser a minha fé, se viver e se mover no «nós» da Igreja, se for a nossa fé, a fé comum da única Igreja.

A tendência hoje difundida a colocar a fé na esfera do privado contradiz a sua própria natureza. Precisamos de uma Igreja para confirmar a nossa fé e fazer experiência dos dons de Deus: a sua Palavra, os Sacramentos, o apoio da graça e o testemunho do amor. A fé chama-nos a ser Povo de Deus, a ser Igreja, portadores do amor e da comunhão de Deus por todo o género humano.

Rezar cantando

Alguma música

O tempo em Santana