“Penso que esta encíclica, pelo menos nalgumas partes, pode ser útil também para quem está em busca de Deus e do sentido da vida”, declarou, após a recitação da oração do Angelus, na Praça de São Pedro, perante milhares de pessoas.
O texto, iniciado por Bento XVI, defende que a fé tem a ver também com a vida dos que, apesar de não acreditarem, o “desejam” fazer, procurando “agir como se Deus existisse”.
O atual Papa reconhece que o seu predecessor tinha começado a redação desta encíclica no contexto do Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013) e na sequência de duas anteriores sobre a caridade e a esperança.
“Eu recebi este projeto e dei-lhe um final”, precisou.
Francisco oferece esta encíclica, “com alegria”, a toda a Igreja, porque todos, “especialmente hoje”, têm necessidade de “ir ao essencial da fé cristã, aprofundá-la e confrontá-la com as problemáticas atuais”.
O texto apresenta a mensagem cristã como resposta à crise contemporânea da “verdade” e assume preocupações relativamente ao relativismo, ao fanatismo e à recusa da proposta religiosa.
O Papa despediu-se dos presentes após ter saudado os jovens que se preparam para participar na Jornada Mundial da Juventude, entre os dias 22 e 28 deste mês, na cidade brasileira do Rio de Janeiro.
“Caros jovens, também eu me estou a preparar. Caminhemos juntos para esta grande festa da fé”, declarou.